quinta-feira, 29 de julho de 2010

Baby, you're not lost.

  O que é que me define?
  A. Primeira letra, primeira nota, primeiro ponto.
 Posso deixar que tudo ou nada me defina. Que a minha vida me defina. Não sou ninguém, sou fantasia.
“A” de anoitecer, de amarelo e de atitude. Uma imagem, pele, ossos, vícios, manias. Um corpo, paranóia, felicidade e drama. Sou uma voz, sou poder, sou vontade.
 Sou feita de chuva, de açúcar, de silêncios, de flashes, de sonhos, de paixões, de sabores, de aromas e olhares.
 Uns lábios, uns passos… e pequenas pretas borboletas bem dentro de mim.
 Há qualquer coisa na noite e na forma como esconde tudo o que eu gosto. Se arriscares como eu, notarás como é autêntico o que nos une. Vamos perder-nos até o sol chegar.
 Fecha os olhos e sente-o, saboreia comigo. Vamos preenchendo o ar com a nossa adrenalina. Ajustamos a nossa ausência e arrogância.
 O ambiente acinzenta automaticamente mas as luzes transformam-me e a aurora deslumbra-me. Alcança-nos de seguida e aventuramo-nos. A alma descansa, aproveitamos o agora.
 A simplicidade está presente e o amanhecer agarrou-se a nós, como se fosse da nossa autoria.
 Não quero nada azedo, quero chocolate com avelãs, quero o azul do céu, quero algodão doce.
 Alcanço o inimaginável, se tentar. Adormeço então entre desejos e sonhos.
 Arrepia-me pensar que o que é mesmo mesmo bom pode acabar assim tão depressa…
 Procura-me. Procura-me onde o sol nasce, onde a lua brilha. Por entre as nuvens e onde aparecer o arco-íris. Podes não me encontrar logo, mas procura-me.
 Quando sentir que não tenho mais nada para dar ou que a escuridão ganhou, não estou sozinha, não estou perdida.
 Ainda não acabou. Ainda não acabei, aliás, ainda estou a começar.
 (Em mim eu começo, em mim eu acabo.)

1 comentário:

  1. Adoro meu amor, esse texto não te define mas aproxima-se e sabes porquê? porque tu és indefinível (;

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