Ponto de partida: a vida é um carrossel.
Dás voltas e voltas e deparas-te sempre com os mesmos rostos. Por muito que tentes ver o que está do outro lado, não consegues, e fixas-te nesses rostos que continuamente encontras.
Podem passar segundos, minutos, horas ou dias. Semanas, meses ou até mesmo anos e situas-te ainda na mesma linha, no mesmo caminho, procurando as mesmas caras.
Cruzas-te com aqueles que já te deram muito mas que, agora, embora os reconheças a imensos metros de distância, não te dão mais que um olhar.
Giras em volta desse carrossel de rostos em que aqueles com quem mais anseias estar, correm para longe.
Essas pessoas com quem te cruzas e voltas a cruzar até podem encontrar-se a dois passos de ti, mas estão, na verdade, noutro mundo, onde desaparecem em nuvem se os tentares alcançar.
E, à medida que o tempo se vai gastando e o coração aperta, não és capaz de soltar uma frase que tenha o poder de retroceder as voltas. Voltas essas originadas no ponto de escolher caminhos que se tornam os erradamente escolhidos.
Perguntas-te se tamanhos erros que enfrentas valerão o que perdeste e o que conheces um pouco todos os dias das pessoas sem as quais não sobrevives.
Acreditas que, se tivesses seguido outra direcção, terias conhecido as mesmas pessoas?
Não :\ o que às vezes não era mau de todo
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